sexta-feira, 2 de abril de 2010

O símbolos que se perderam

Uma mentira, pra assumir a forma da verdade, precisa de um tom de ingenuidade. Dessa maneira, elas entram na nossa vida, e sem que percebamos estamos difundindo uma idéia que, na superficialidade, parece ser verdadeira, mas não é.

Muitos símbolos e palavras que conhecemos não foram criadas com o significado que têm hoje. A palavra sacrfício, por exemplo, era a forma que os profetas e patriarcas tinham de falar sobre os atos considerados santos, sagrados (sacro+ofício). Não se referia a penitências e sangue. Sacrificar era tornar santo, atingir uma consciência mais elevada. Hoje, ela tem uma conotação bem diferente. Ela é diferente! Ela é outra coisa, e não há o que mude isso! Por conta de uma transgressão, intencional ou não, da interpretação.

A suástica também (muito discutida hoje por conta do participante do BBB 10). Ela existe há milênios e era utilizada para designar coisas sagradas, religiosas. Em culturas diversas, aparentemente sem relação umas com as outras, elas surgiram e estavam sempre relacionadas à boa sorte e honra (seja com os braços para o sentido horário ou anti-horário). Então, um grupo de pessoas que se reunia para defender o que acreditava ser verdadeiro e bom para seu país e para o mundo, deu origem ao Nazismo e se utilizou da suástica como seu símbolo. Nada mais natural, já que defendiam algo tão nobre (sob o seu ponto de vista, claro). Entretanto, eles foram protagonistas do maior genocídio que o nosso planeta já vivenciou. E o símbolo mudou. Ele é diferente! Ele é outra coisa, e não há o que mude isso!

Então, nós temos que ter cuidado com as bandeiras que levantamos, para que não sejamos confundidos com os que andam na contramão (se é que me entendem). Apesar de nazista significar simplesmente nacionalista, você não se considera um, não é verdade?

Abra os olhos para o real significado das coisas, antes que a ingenuidade das mentiras tome conta de você.

Nenhum comentário: